Vai-se arrumando aos poucos
O Verão
Em prateleiras limpas
Impecáveis
Os trastes admiram
E ficam ao canto
A espreitar invejosos
Doutros a sorte.
Arruma-se também a vida
Desregrada, desmedida
Para, com calma, dar lugar
A essa rubra Estação
E saudar o Outono
Que se aproxima devagar
Devagar…
12 outubro 2010
Chuva
Mil
partículas
se levantam quando
doce acaricias o dorso cansado
do meu corpo sedento ficas em mim
um momento e toda sorrio por dentro. Por
do meu corpo sedento ficas em mim
um momento e toda sorrio por dentro. Por
vezes és brava - fustigas o meu corpo de mãos
dadas com o vento. Agito-me e solto meu diálogo
olfactivo que te acalma o espirito e te faz, de novo,
repousar sobre mim para que, com os meus galhos
cansados de existirem desde tempos imemoriais
te murmure ao ouvido: A paz que no bosque
te murmure ao ouvido: A paz que no bosque
se vive sempre que a chuva
cai
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