Uma vida é feita de colagens: Pessoas, Vivências, Pequenos traços de vida que passam descuidados e imprimem o seu carácter - deixam um pouco de si.
Acumulo rasgos e colagens: Locais, Sensações.
Sou um quadro rico de matizes que se assume incompleto, mas magnânime.
17 setembro 2010
Ensina-me
15 setembro 2010
Pensamento
Todos, como estátuas, submetidos à vontade do tempo silencioso, somos, quase sempre, protagonistas duma história que deveria permanecer esculpida no tempo.
Mas é preciso que alguém seja capaz de revelar a profundidade dos meandros pessoais onde ela se desenrolou, para depois conhecermos como essa história foi a possivel aventura maior do espirito de cada homem, explicando-se livre, simples, imutavel na sua mutabilidade, conciso, sombrio, contrário, com uma dor de pressentimento ou esperança num destino pessoal cumprido.
Enfim...entrecortada de muitas ou poucas palavras e mais para além do que é dito.
Mas é preciso que alguém seja capaz de revelar a profundidade dos meandros pessoais onde ela se desenrolou, para depois conhecermos como essa história foi a possivel aventura maior do espirito de cada homem, explicando-se livre, simples, imutavel na sua mutabilidade, conciso, sombrio, contrário, com uma dor de pressentimento ou esperança num destino pessoal cumprido.
Enfim...entrecortada de muitas ou poucas palavras e mais para além do que é dito.
14 setembro 2010
Canção
Sempre o teu cheiro fresco
Nestas noites
Em que o luar
É laranja/ rubro.
Auroras de cristal
Que ao distante Leste
Recortam silhuetas
Que sopram melodias
Ao vento matinal.
Corre no céu
Uma poeira fina
Que as fadas
Deixam para trás.
Cheira a chuva
Neste equinocial dia
Que obumbra
Sem doutrina nem teoria
A memória
Do brilhante paraíso prometido
Do brilhante paraíso prometido
Na luz do teu olhar.
As ravinas deste monte cansado
Já não cantam com saudade
A paisagem dolente
Do segredo ardente
Que trazias ao peito agarrado.
Foto de Eduardo Amorim |
Acontece ter avançado
Incompletamente acantonado
O vil rosto no espelho partido
Ser episódico de múltiplas faces
Os versos frenéticos
Exaltadores de todas as utopias
Exalam odores a podre
Que se propagam na alma
Enretesando os tendões da memória.
Acontece ter tido a religião
De cada dia lembrar ao pensamento
Que lembrar-se de ti
NÃO!
E acontece ser mais bonita
Neste vestido de negação
Que é minha pele despida
Meu destino, minha emoção.
O vil rosto no espelho partido
Ser episódico de múltiplas faces
Os versos frenéticos
Exaltadores de todas as utopias
Exalam odores a podre
Que se propagam na alma
Enretesando os tendões da memória.
Acontece ter tido a religião
De cada dia lembrar ao pensamento
Que lembrar-se de ti
NÃO!
E acontece ser mais bonita
Neste vestido de negação
Que é minha pele despida
Meu destino, minha emoção.
Foto de José Lopes |
13 setembro 2010
Silêncio
11 setembro 2010
Meu amor querido
Meu amor querido
se soubesses quantas vezes
me enamoro no dia
quantas coisas belas
me prendem a atenção
quantas delas se tornam
o meu acasalar preferido
o meu toque de paixão
Se soubesses que te amo
tanto quanto posso
e que posso amar desmedidamente
um segundo
um dia
um mês
uma qualquer medida
com todo o meu ser...
Se soubesses que tu
és a luz do meu dia
que com suavidade
no inverno irradia
e me trespassa de lucidez...
Meu amor querido
és o fruto proibido
do que me impedes de ser
e dás-me tudo o que sinto
para ti já nada minto
e me entrego com prazer
se soubesses quantas vezes
me enamoro no dia
quantas coisas belas
me prendem a atenção
quantas delas se tornam
o meu acasalar preferido
o meu toque de paixão
Se soubesses que te amo
tanto quanto posso
e que posso amar desmedidamente
um segundo
um dia
um mês
uma qualquer medida
com todo o meu ser...
Se soubesses que tu
és a luz do meu dia
que com suavidade
no inverno irradia
e me trespassa de lucidez...
Meu amor querido
és o fruto proibido
do que me impedes de ser
e dás-me tudo o que sinto
para ti já nada minto
e me entrego com prazer
Bebedeira
Abençoado Casal Garcia
Que atordoas
Os olhos
A mente
O corpo
E os sentidos...
Abençoado Casal Garcia
Que enovelas todos os actos
E lhes permites desculpa
Abençoado Casal Garcia
Que fazes dos gritos gemidos
E me deixas com uma vontade louca
De me deixar levar
No sono ébrio
Duma só garrafa...
Que atordoas
Os olhos
A mente
O corpo
E os sentidos...
Abençoado Casal Garcia
Que enovelas todos os actos
E lhes permites desculpa
Abençoado Casal Garcia
Que fazes dos gritos gemidos
E me deixas com uma vontade louca
De me deixar levar
No sono ébrio
Duma só garrafa...
10 setembro 2010
Mulher
Mundo imenso
Imerso na neblina
Madrugada
Na curva lenta dos espaços
Arrancada às mãos
E à retina
Pintura
Absurda
Desnuda
No zurzir
Desse corpo de veludo triste
Onde as mãos se crispam
Em desafio
Fogueira eterna
Abismo-me à sua essência
Feita de silêncios
Profundos pensamentos
Palavras embaladas no colo
De todos os meninos
Silhueta esculpida
Ora calmo, um segredo
Tua paz
Tua alma
Encerra insondáveis medos
Que a noite aninha
Ao sorriso da aurora
Imerso na neblina
Madrugada
Na curva lenta dos espaços
Arrancada às mãos
E à retina
Pintura
Absurda
Insone
Lampa sobre peleDesnuda
No zurzir
Desse corpo de veludo triste
Onde as mãos se crispam
Em desafio
Fogueira eterna
Infinitamente maior
Que si mesmaAbismo-me à sua essência
Feita de silêncios
Profundos pensamentos
Palavras embaladas no colo
De todos os meninos
Silhueta esculpida
À melodia do vento
Ora forte e tempestivoOra calmo, um segredo
Tua paz
Tua alma
Encerra insondáveis medos
Que a noite aninha
Ao sorriso da aurora
Foto de ABrito |
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