29 julho 2010

Saiste de mim

Saiste de mim

Novamente saiste de mim

Arrancado a ferros

Deixaste o peito em ferida

Chagas do meu pecado

Original.

Saiste de mim

Ainda com olhos indecisos

Um esgar na madrugada

De orvalhados desejos.

E fico aqui

Desamparada, desorientada

Olhando as mãos ensanguentadas

De te tirar de mim.

Uma pergunta a pairar no ar:

Porque tem de ser assim?
 
 
Arte digital de José de Almeida

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