27 julho 2010

Tu já não moras aqui

Escrevi-te a sangue dos meus dedos
Sobre pedra em penhasco
Para que ninguem pudesse apagar-te
Mas veio o mar e te esbateu
Tantas vezes veio
Que te esqueceu
E tu já não moras aqui.

Quiseste regressar do sonho
Em que perdido este tempo andaste
Sorri,
Não te reconheci
Não és tu, por quem morri.
Que fazes aqui?
É tarde
Regressa que o caminho é longo
E tu já não moras aqui.
Foto de Marquicio Pagola

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